Dê-me a permissão para servir-te. Sei que é tua própria casa. Por isso mesmo dê-me a permissão para que fiques à espera no sofá azul que te merece inteira. Não levantes. Servir-te. À tua beleza ali posta sob a medida inexata do tecido perfumado.
Deixe-me servir-te. Celebrar em casa o que ao olhar foi. Fica uma certeza. E como em qualquer oposto que somos, o oposto disso também. Certeza de que ali encontrou-se o que foi. E no oposto do que a certeza encerra, sobrevive alegria regenerada, engendrando uma mistura de divindade humana.