sexta-feira, 2 de março de 2007

De todo humana

Dê-me a permissão para servir-te. Sei que é tua própria casa. Por isso mesmo dê-me a permissão para que fiques à espera no sofá azul que te merece inteira. Não levantes. Servir-te. À tua beleza ali posta sob a medida inexata do tecido perfumado.

De que exalas tal essência transformada em alegria? De que matéria-prima faz tua voz a alegria dos dias à janela? De certo a enfeitas. Em nada precisas acrescentar ao vocabulário, explicar-te tu. Em como falas o encanto sublima-te e esternece. Fazes da alegria uma voz. Dita a voz, calar-se faz conta do que és.

Deixe-me servir-te. Celebrar em casa o que ao olhar foi. Fica uma certeza. E como em qualquer oposto que somos, o oposto disso também. Certeza de que ali encontrou-se o que foi. E no oposto do que a certeza encerra, sobrevive alegria regenerada, engendrando uma mistura de divindade humana.

4 comentários:

Rita Lopes disse...

raquel, achei lindo, lindo! uma composição de palavras, um quebra-cabeça. acho que deveria lançar, aproveitando que o marido pode fazer o livro e a capa! como vc mesma me diz: avante!!!

Rita Lopes disse...

em 01 minuto você pensa e escreve pelo menos umas 10 palavras: você não tem 01 minuto pra escrever aqui mais?

Refos disse...

Oi! Adorei seu blog! Bem romântico... Bem Reitchel! Parabéns!

Raquel disse...

valeu rita e renat., adorei encontrar vcs. aqui!