Pergunto das crianças na rua Olho para os carros Pergunto dos mendigos na calcada Vejo os saltos que pisam tilintando futilidades ao passar Pergunto da fome Vejo os lixos entupidos de enlatados apodrecidos pelo excesso Pergunto pelas escolas Olho para gente falando a ninguém em frente ao quadro verde pastiche da vida E ainda tento encontrar educação Para a saúde Gente de branco tentando esconder humanidade e em frente gente sofrendo pedindo informação e atenção então Olho para a TV E vejo as crianças emudecidas e os adultos crianças torpes Olho para a janela e vejo a montanha ao longe atrás dela nada nada nada Em que acreditar A não ser em ser algo que não seja isso tudo. Quando morrer quero deixar a flor
domingo, 27 de maio de 2007
POÊ
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Um comentário:
enfim, de volta!
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