quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Janela

Quero uma janela de rosas vermelhas
Janela espaçosa, comprida pra escorregar os cotovelos
Não quero mais sentir os pés quentes no sapato no fim da tarde
A roupa incômoda na conta da pele não acompanha o meu gesto intencionado de beleza
Quero sobrepor meu corpo cansado à cama macia
Quero rosas vermelhas na janela
Que abre e fecha
Abrem-se e fecham-se
Dia e noite
Caídas no tempo
São pétalas
São ao vento
Rosas vermelhas na janela
Vermelhas janelas abertas ao tempo
Espaçosas ao meu movimento

As rosas são sublimes e as janelas também
Perfeitas ao olhar
Converso no parapeito branco, cálido, que morre em mim
E o que vive exige a vida

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