quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Vidro em flor

Pernas compridas na poltrona encostadas no recanto
Vaso na janela pra chamar Deus

À noite a chuva esvazia multidão
Vaso de flor prevalece úmido, roxo, cantando silêncios que ninguém alcança

A preferência é por dormir, a voz não preenche
Vaso na janela, com a flor quieta que salta do lugar

A noite expulsa a chuva pra terra comer
Fazer letras do úmido olhar e delas chover a minha janela

Aquela que abre o que vejo
e fecha o olhar quando vai madeira vidro em flor

Nenhum comentário: